quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Rock Andarilho


Almoção  em plena terça-feira com o "familião". Aniversário de madrecita D. Emília. Fomos em 2 carros para Itaverava, almoçar em um restaurante chamado Pé da Serra.
Quando chegamos, o meu radar canino detectou um cachorro deitado entre as árvores bem lá embaixo no estacionamento. Observei um pouco e entramos.
Depois do almoço, voltei lá fora com o bebê da família, Melissa, pra brincar com o “au-au”, foi aí que percebi que algo não estava bem. Muito magro, cheio de falhas no pêlo, com certeza peladeira e feridas por todo o corpo. Não arrisquei a chegar muito perto por causa da Melissa, mas fiquei com aquela imagem na cabeça. O cãozinho se coçava  o tempo todo.
Voltamos pra Lafaiete e aquela imagem continuava piscando na minha consciência. No outro dia, liguei para o restaurante e perguntei se o cachorro era de alguém da redondeza. Ninguém o conhecia. E a pessoa me deu a entender que não estava gostando nada de um cão doente deitado em frente ao restaurante.
Com medo do que eles poderiam fazer a ele, acionei a Dra. Ana Paula e voltamos lá, desta vez armadas e perigosas: sedativo, guia, focinheira e muita vontade de ajudar.
Ao chegarmos lá, ele praticamente se jogou em cima de nós pedindo ajuda. Foi um fofo! O colocamos dentro do carro, ligamos pra um veterinário conhecido Rafael e ele se prontificou a ficar com ele por uns dias.
Rafael nos disse que, assim que ele banhou o cão já com a medicação para as doenças de pele e o alimentou, ele apagou e dormiu por horas.
Depois de uma semana com o Rafael, eu o transferi para a Santa Valéria e aí ele ficou por lá 2 meses. Consegui uma castração e voilá! Estava pronto para ser adotado. Aí começa o dilema: por quem? Já pedimos pra todo mundo que conhecemos. Nosso amigo Nildes que adotou a Diva e a Gisele, antes de me cumprimentar ao telefone ele já responde: NÃO, à minha oferta de mais uma adoção.
Providenciei um cartaz bem criativo, com fotos coloridas e espalhei por vários lugares. Assim que cheguei em casa um Sr. Paulo se ofereceu para adotá-lo, contanto que eu o levasse à portaria do Pronto Socorro, onde ele trabalhava, por volta de 19hs. Nem pestanejei e rumei com o Rock (nome que demos a ele) pra lá.
Ao chegarmos lá,  Rock arrebentou a guia e impossibilitou Sr. Paulo de levá-lo a pé pra casa, que era no bairro Moinhos. Pra completar a caridade, levei os dois pra lá e deixei o Rock com ele, mas muito apreensiva. Não o conhecia, mas como ficar questionando, se todo o tratamento já tinha ficado muito além do que podíamos pagar. Então, me lembrei de um amigo que trabalha no Pronto Socorro e pedi referência . Ele deu sinal verde pra mim. Elogiou demais o Sr. Paulo e disse que ele estava em boas mãos.
No outro dia, não aguentei e liguei para o Sr. Paulo e ele disse que ele estava super bem e que no fim de semana ia levá-lo pra pescar com ele. Que ele passeava muito com os cães e que também gostava de adestrá-los.  Graças a Deus! Sensação de dever cumprido e alegria por ter tirado mais um animal das ruas.

 


 

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