quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FANNY

A mãe dela foi abandonada em um lote no bairro Quinta das Flores, na minha cidade, Conselheiro Lafaiete, como acontece com muitos cães. Abandonada depois que está grávida e doente, com câncer na vagina. Atitude covarde de pessoas que ainda não são evoluídas o suficiente para se sensibilizarem com o sofrimento de um animal. Chego a dizer que os animais são eles. Mas como toda história triste tem um lado bom, um anjo a internou, cuidou de suas feridas e de seus filhotes: 3. E quando partiu levou um com ela.
As outras duas filhotes ficaram, Fanny e sua irmã. Cresceram na rua com os vizinhos alimentando e cuidando. Quando chegaram na idade de procriar, seus protetores tomaram a decisão de dar-lhes medicamentos, mas já era tarde,  estavam prenhas. Quando ganharam os filhotes em um matagal lá perto, todos se sensibilizaram. Fanny, para proteger seus sete filhotes, chegou a cavar um túnel e escondê-los.
Mais uma vez, minha super amiga Divanilda* , entrou em ação e achou melhor levar a Fanny  para uma construção lá perto, por causa da chuva e frio que poderia matá-los. Fanny era extremamente mansa e deixava qualquer um chegar perto e tocá-la.  
Em uma manhã de sábado, Di e uma amiga chegaram lá e encontrou-a toda machucada e dos sete filhotes haviam somente dois. Ao redor da cadela, copos e cachimbos de crack. Ainda por cima, urinaram em sua comida. Somente na segunda, conseguiriam atendimento.
Na segunda-feira pela manhã, ela havia sumido junto com seus dois filhotes e só reapareceu uma semana depois, magra e mais machucada ainda. As marcas eram de chutes em seu focinho e parecia que eles amarraram sua boca.
Di levou-a para sua casa e a adotou. Durante dois meses, ela só conseguia comer alimentos molhados. Ficou extremamente traumatizada. Hoje, depois de três anos,que ela consegue chegar perto de humanos sem se urinar ou tremer toda. O medo é tanto que se ouvia o coração dela a um metro de distância. Fica sempre ao lado de sua amiga Babi e quando surge alguma situação de perigo se sente protegida pela amiga.
Existe um Decreto-Lei No 24.645, de 10 de julho de 1934, que define maus tratos contra animais e uma Lei Federal 9605/98, de crime ambiental, que também pune agressões contra animais, e a pena é de detenção de três meses a um ano e multa.
Denuncie! Na internet, existem vários sites orientando como fazer para que  Fanny e outros cães não sofram maus tratos, como ocorre, todos os dias, em todo o mundo.
A propósito, sua irmã Drica, foi morar em um sítio e levou um coice de um cavalo e morreu a cerca de seis meses.
·         Veja neste blog a história:  Babi, tudo de bom.

Um comentário:

  1. A Fanny é mesmo um amor!! Corajosa! Sobrevivente! Fico triste pelo fato de ela ter passado pelo que passou mas vida que segue ... agora ela está em ótimas mãos ;)! Adorei a iniciativa do blog! Espero que vc tenha muitos bons leitores! Abs! Jana.

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