Sempre gostamos de cachorros, principalmente Rotweiller, mas meu marido, um dia, disse que gostaria de adquirir uma raça chamada Mastin Napolitano. Nunca tinha ouvido falar, mas ele, encantado, encomendou o cachorro de um canil em Campinas. Colocamos o nome dele de Draco, mas assim que ele chegou o veterinário percebeu que ele tinha uma doença degenerativa nos joelhos, o que o impediria de andar. Nem tínhamos nos afeiçoado a ele e já teria de ser sacrificado.
Como compensação pelo prejuízo (o filhote é caríssimo), a criadora nos mandou outro cachorro e colocamos nele o nome de Baruk.
Já tínhamos outro cachorro, um Rotweiller de nome Casper, e os dois começaram a conviver sem problemas, até que, um dia, o macho adolescente Mastin disputou uma vasilha de ração vazia com um já idoso Rotweiller - e este levou a pior. A partir deste dia, nunca mais ficaram juntos.
Como o Casper era mais velho e experiente, ele ficava na frente da casa e o Baruk ficava no quintal. Ficou no quintal até o Casper morrer, três anos depois, coitado. Como ele ficava sem ter contato com ninguém, cresceu medroso e assustado, por ter contato apenas conosco. Assim que o Casper morreu, ele passou a ficar na frente da casa, mas já era tarde demais. Tinha medo de tudo. Quando o carro entrava na garagem ele se encolhia todo e nem chegava no passeio, mesmo com o portão aberto.
Seu comportamento só mudou quando adquirimos uma fêmea de Rotweiller, Flor, a dois anos atrás, que é cheia de personalidade e o fez ficar mais corajoso. Baruk, agora com 8 anos, está outro cachorro.
Passeia uma vez por semana e até se aventura a atacar os não conhecidos. Adora deitar ao sol e já é conhecido na vizinhança, pois na minha cidade é uma raça canina rara. Poucas pessoas já viram um Mastin de perto. Outro dia, em um dos seus passeios, foi reconhecido na rua e a pessoa o chamou pelo nome. Rimos bastante. É muito carinhoso conosco e adora que cocem a sua barriga, o que deixa meu marido bastante irritado. “Isso é atitude de cão de guarda?”, diz ele.
Mas o mais perigoso em sua atitude é quando ele bebe água e se prepara para sacudir. Não fica um por perto, pois as babas atingem qualquer coisa num raio de 3 metros. Um dia levei o carro para lavar, pois além de poeira, tinha babas para todo lado. Quando fui buscar, o lavador me disse: “Olha, ficou limpinho, mas tem uma cola aqui que não sai.”
Em um concurso de cães de raça ele ganhou três medalhas: 2º lugar cão mais pesado, 2º lugar cão mais exótico, e melhor da raça (lógico, só tinha ele...).
Enquanto os outros cães adoram brincar com brinquedos, ele só os admira dentro da barriga. Mastiga todos, aliás, alguns ele nem mastiga, engole inteiro mesmo. E estes demoram um mês pra sair. Então, agora não deixo bolinhas e nem brinquedos mastigáveis perto dele.
Já foi operado de câncer duas vezes, mas atualmente está muito bem.
Aguarde a próxima história: Flor, a voluntariosa.
Minha amiga Cláudia, achei a história de vida desta figura exótica...kkk chamado Baruk, fora de série, afinal só conhecendo a "FIGURA"...KKK parabéns pela iniciativa e já estamos aqui aguardando histórias da FLOR...Abraços de Luciano e Gabriel...
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