Ontem, 11 de março de 2012, depois de muitos dias de sol, choveu bastante aqui. Só prá combinar com o meu coração que estava nublado e tristonho. Baruk morreu por volta das 10 e 30 da manhã. Depois de mais uma internação e mais uma ingestão de objetos estranhos. Desta vez um pedaço de mangueira de 15 cm. Como já estava muito fraco e depois de ficar praticamente uma semana sem conseguir se alimentar, seu coração não aguentou. E quase que o meu também.
Mas, não quero falar de tristezas não. Hoje não.
Quero relembrar os bons momentos do Baruk:
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Daquela vez, quando eu, passeando com ele também, um boxer do vizinho, passou a pata pela grade e arranhou seu focinho. Baruk ficou impassível. Nem ligou e até arrumou uma alma caridosa que ficou limpando seus ferimentos.
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Do concurso que ele participou, onde o calor estava terrível e ele cansadíssimo, se espalhou pelo chão como um tapete. De repente, um pincher bastante atrevido, chegou bem perto do seu focinho e começou a latir. Baruk apenas abriu os olhos e nem se mexeu. Fiquei imaginando a cena. Aquela boca se abrindo e engolindo o pincher inteiro. Imagina!!!!
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Do dia em que ele agarrou a manga da blusa de uma amiga e foi puxando como se fosse um cabo de guerra. Eu tremia tanto de nervoso pensando que queria morder, mas ele só queria brincar. Mas, a manga da blusa... nunca mais foi a mesma.
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Do dia em que a mamãe foi me visitar e disse:
- Você fala que esse cachorro é a minha cara! Será que eu sou tão feia assim?
E despediu:
- Tchau, clone!
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Do gosto musical apuradíssimo dele. Quando eu ia lavar o carro, ligava o som, e ele chegava a cara bem dentro, pra escutar as músicas. Um amigo perguntou:
- O quê o Baruk gosta de ouvir?
- Ele ouve o que eu ouço. Paulinho da Viola...
-E ele:
- Coitado do Baruk! Não tem opção, mesmo, né?
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Das vezes em que ele, todo cavalheiro, abria a porta do canil para a Flor, com uma cabeçada, quando ela ainda não conseguia abrir sozinha. E também, quando, ele se fechou dentro do canil, para fugir dos filhotinhos da Flor, mas não adiantou e eles passaram pelas grades.
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Do carinho que teve com a Lindinha e com a Flor, quando elas chegaram na casa, e ele todo paciente, as acolhia e tratava com carinho, pelo menos até elas começarem a morder suas pelancas.
Histórias são muitas. Saudades também. Baruk era especial. Todo diferente em todos os sentidos. Cada cachorro é único, não é mesmo? Aqui em casa, existem quatro personalidades caninas diferentes. Mas, ele era de uma meiguice só. Apesar do jeito desengonçado, estabanado e enorme, era no fundo um filhotão.
Adeus, querido amigo! Deus te proteja e te receba com amor...
Gostaria de agradecer a todos que estiveram envolvidos em todos os episódios difíceis da vida do meu Barukinho, principalmente aos veterinários Ana Paula e Wallace. Que Deus lhes dê em dobro, todo este carinho!